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A FOME NO MUNDO

            Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), existem no mundo aproximadamente 830 milhões de pessoas com fome crônica e 1 bilhão de pessoas subalimentadas (alimentação deficiente). Nos países subdesenvolvidos, a falta de comida é responsável pela morte, anualmente, de 6 milhões de crianças com menos de 5 anos.

            A fome mundial está associada à miséria, à escassez e a fatores políticos e econômicos!

             A produção mundial de alimentos é mais do que suficiente para atender  toda a humanidade. Todavia, em torno de 30% do total produzido é desperdiçado! Seja na lavoura, no transporte, nas feiras livres, na ceasas, nos mercados, nas residências ou nos restaurantes.

            Diante dessas constatações, como erradicar essa fome que mata aos milhares crianças, adultos e idosos? Afinal, de cada sete pessoas, pelo menos uma passa fome, resultando na morte de 6 milhões por desnutrição. Segundo a ONU, por volta de 40% das crianças que vivem nas regiões mais pobres do Hemisfério Sul, encontram-se abaixo do peso e do tamanho adequados à sua faixa etária. É como se gerações de nanicos estivessem em formação.

            A fome e a desnutrição não afetam apenas as crianças. Os adultos que padecem desse problema tornam-se menos produtivos. A maioria deles nem tem o que ou como produzir, pois vivem em regiões devassadas pela guerra ou onde os  solos foram degradados de tal forma que seria impraticável o seu cultivo. Catástrofes climáticas, como secas prolongadas ou enchentes muito fortes, complementam esse quadro dramático em que se encontram milhões de pessoas. Como resultado, inúmeros chefes de famílias se veem obrigados a migrar, muitas vezes de forma clandestina, para fora do país ou para a periferia das grandes cidades, engrossando os bolsões de miséria, típicos das metrópoles dos países subdesenvolvidos. Nesse ponto, a questão da fome se mistura a outras graves envolvendo moradia, emprego, narcotráfico, violência, prostituição, etc. É quando os problemas próprios do processo de exclusão social misturam-se à chamada economia do crime.

Luis Leite, abril de 2014

Adaptado de Geografia do Ensino Médio, Roberto Filizola, 2005.